sexta-feira, julho 28, 2006

carta à terra das pessoas felizes

será que eu mesmo, afinal, quero ser feliz? porque pensando bem, ultimamente; a felicidade como a satisfação, parece uma situação demasiadamente cômoda. a gente a quer, afinal, encontrá-la, para poder parar de a buscar incessantemente.
e eu, claro, não consigo entender.
quando procuramos demais aquilo que não sabemos nem entendemos, o que se pode fazer quando encontrar?talvez agora eu entenda a minha relutância. você me faz feliz. e eu dou desculpas como "não estou preparado agora", e é verdade. estranha e inegavelmente, não quero me acomodar. por maior e melhor que seja o motivo (acreditem... é!!!), ainda acho que falta muita coisa na minha vida, e que se eu as tiver (você e a felicidade, como efeito) então não vou lidar como deveria prá que permanecessem. pelo menos prá mim, é muito mais natural pensar em você como um objetivo, um desafio.mas o maior, mais assustador e devastador de todos, porque é o único para o qual não estou pronto, nem prá conseguir, nem prás consequências, e tenho medo.
o que quer que isso signifique.

1 Comments:

Blogger Joel Pinheiro said...

Edmilson,
nesses últimos artigos você escreveu algumas coisas profundas, que nos levam a pensar sobre temas universais, e também alguns trechos de beleza literária.

Ao terminar de lê-los, veio à minha mente um antigo ditado que talvez seja pertinente. Dependendo do termo a que se dá ênfase, ele pode ser interpretado de duas maneiras diametralmente opostas:

"Quem pensa, não casa."

Você tem pensado muito.

Chegará a hora de escolher entre um dos dois; interpretar o ditado de apenas uma das duas maneiras incompatíveis. Cuide para não escolher a pior para você.

9:28 PM  

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