quinta-feira, dezembro 28, 2006

.......

a sordidez do desejo e da paixão voltaram a incomodar depois daquela tarde em que "tchau" era só mais uma despedida e que eu descobri que ela não me amava apesar de juntos termos construído os nossos sonhos numa outra tarde perdida no tempo em que nossas despedidas eram apenas um breve retorno à humanidade.

segunda-feira, dezembro 25, 2006

falta literatura

é verdade, mais um texto sem nenhuma pretensão, e esse é chato, bem chato.

tenho uma prima que faz 2 anos dia 30 agora, filha do meu tio por parte de mãe. (minha família por parte de pai não muda muito disso, pelo contrário, tem até problemas piores, mas eu não moro perto nem tenho contato). ela mora com a mãe, meu tio sequer casou, depois do "golpe" da mulher, que enganou e etc, sem taxar ela de bandida por isso. bandida pelo que deve ser a vida da menina naquele "pardieiro".

ela, a larissa, foi hoje lá em casa pegar os presentes de natal e tudo o mais. ganhou uma boneca que tem uma chupeta presa por uma cordinha no pescoço: quando tira a chupeta, a boneca chora até colocar de novo.

quando a larissa então tirou a chupeta e a boneca começou a chorar, tirou a sandália do pé, pegou com a mão, levantou e disse "cala a boca". e ela fala poucas palavras ainda, a maioria sem toda a claridade com que disse isso.

foda

e hoje é natal. e eu estou triste como quase todo o natal, mas não significa nada.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

insistência

as mensagens deixadas offline no msn aqui em são sebastião se repetem insistentemente.

Rodrigo diz: você se arrepende de ter prestado economia?

mas tem vários jeitos de responder...
vamos lá

o lado pessoal
nenhum amigo "de verdade", de mais tempo. lógico que as amizades são criadas do nada, mas não sei, ainda me parece falso. deixar uma vida inteira pra trás. give everything up?
será que ela lembra, que eu liguei, no 1o dia em campinas, só pra falar bom dia?

o lado acadêmico
é difícil. pqp, é bem difícil. requer muita muita muita disciplina, coisa que eu nunca tive; requer mais ainda estudo, coisa que eu nunca me acostumei a fazer direito. deviam ter me avisado antes "você vai se ferrar muito", era só isso.
lógico que é "a melhor faculdade do brasil", assim como diz a camiseta, mas não necessariamente justifica todas as ações dos professores.

o lado profissional
vale a pena, certo? embora logo aqui embaixo eu tenha falado de como as coisas que a gente faz não têm sentido nenhum fora delas mesmas, você precisa trabalhar e ter um trabalho. "nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo"... ! é isso o que conta, afinal.

acho que depois de todo esse tempo, não me arrependo, não. lógico que a vida social (amorosa também), e a parte psicológica se abalam muito, principalmente pelo "sair de casa", na maioria das vezes, de pessoas que não são de campinas.
claro que falta alguém em quem se apoiar com segurança e confiabilidade; longe disso imaginar que os amigos da faculdade não são amigos, mas eu sempre penso menos nele pelo simples fato de ser um convívio praticamente obrigatório, certo? depois do colégio, do meu ano mesmo, só sobrou um contato permanente.

enfim, aos vestibulandos todos, boa sorte, especial àqueles que vão se mudar de cidade.


***** epígrafe póstuma *****
outrora eu era de aqui
e hoje regresso, estrangeiro
forasteiro do que vejo e ouço -
velho de mim
já vi tudo
ainda o que nunca vi
nem o que nunca verei
eu reinei
no que nunca fui

fernando pessoa


ps: prometo escrever tentando usar menos advérbios de modo.

sábado, dezembro 16, 2006

life (a beleza) is meaningless (é uma maldição)

normalmente eu usaria dois posts confusos diferentes para falar de duas coisas confusas diferentes, mas eu acho que consigo usar apenas um post confuso pra falar de duas (e outras mais) coisas.
no final de semana passado, tive uma ótima conversa de bêbado, que rendeu 12 horas e 250mL de vodka pra cada um. é um monte de mL's, acreditem. mas o questionamento central era:

(a vida é uma maldição)

por que fazemos as coisas? lógico que essa pergunta foi feita num âmbito e numa condição que é, sim, bastante relevante no caso, por algumas especificidades. por que aula, colégio, aprender coisas sem sentido, faculdade, aprender mais coisas e mais sem sentido, namorar, casar, ter filhos, morrer? isso não quer dizer nada. o que eu ganho com tudo isso, e o que eu perco com tudo isso? são só conjunturas, nada de estrutural. não vai fazer de mim uma pessoa mais forte, capaz, independente, completa fisica e metafisicamente; vai fazer de mim uma pessoa respeitada, no máximo, mas que não vai mudar nenhum rumo da humanidade.
enfim, se alguém souber os motivos dessas coisas todas, estarei curioso. e, o ainda mais engraçado, é continuar existindo sem fazer sentido, algumas coisas até se entende "é bom" (prazer imediato), mas e as que não são boas? ainda vou pensar mais a respeito, prometo! assim que a outra metade da garrafa (que está meio cheia ou meio vazia? haha, nada a ver, deixa) se esvaziar.

(a beleza não faz sentido)

apesar de ser uma coisa essencialmente subjetiva. mas ultimamente tenho me irritado um pouco. de que adianta uma menina maravilhosa, mas insuportável? quanto mais "mundos" (nichos) eu conheço, menos eu entendo deles todos. nessa semana aconteceu uma coisa ridícula. tudo bem, um fotolog é uma coisa estúpida, mas eu gosto muito de fotografia, muito mesmo. não é à toa que eu peço as fotos de todo mundo que eu conheço e deixo guardadas, algumas eu ainda roubo, e elas se perdem pelo meu computador. enfim, me pediram pra deletar uma foto de lá. não que os comentários me sensibilizem muito, mas normalmente quando tem alguém comigo nas fotos (ainda mais uma menina tão linda), chovem elogios e aumenta o ibope. mas não, tem que tirar a foto "porque ficou feia". e daí que ficou feia? o importante da foto é tudo menos a beleza, e quer saber? "e quem não gosta de mim que morra!". não gosto de gente medíocre, normal. lógico que eu sou prejudicioso (preconceituoso, desculpem) com algumas coisas estranhas, mas de toda forma, digamos que um perfil do orkut que a-do-ra the OC, que o filme preferido é efeito borboleta e que não suporta "fausidadi" (e variações sobre a ortografia correta) não me interessam, principalmente se tiver uma foto no álbum na balada com uma legenda espetacular: "se ela dança, eu danço".
o meu e-mail @abc...xyzabc...xyzabc...ijk.com já dizia "do not settle for something ordinary. try something EXTRAordinary".

(desabafo) -mais? puts! nem eu aguento mais!-

poucas coisas me importam de fato, mas se eu me importo, então é bastante. horário, por exemplo: eu tento ser muito pontual. se marco às 3, 2:55 estou atrasado. agora, férias, eu tento marcar alguma coisa a cada dia. daí algum idiota me liga quando estou saindo de casa e diz "vou me atrasar uma hora" e 10 minutos depois liga de novo "apareceu alguma coisa melhor pra fazer, então não posso te ver". juro que o que cada um faz antes e depois de estar comigo não me importa, contanto que a pessoa esteja PRESENTE naquele momento e que esteja comigo lá, sem se preocupar com o que vai fazer depois. é ser honesto enquanto estiver com o outro, e completo, ali, naquele tempo. (ah, e não adianta marcar pra outro dia: eu já marco com antecedência várias semanas.)

enfim, foda-se. um dia eu mato todo mundo.

a única coisa importante que está escrito aqui é o título (e as outras possibilidades, que aparecem como subtítulos, então podem ignorar todo o resto)