sexta-feira, julho 28, 2006

carta à terra das pessoas felizes

será que eu mesmo, afinal, quero ser feliz? porque pensando bem, ultimamente; a felicidade como a satisfação, parece uma situação demasiadamente cômoda. a gente a quer, afinal, encontrá-la, para poder parar de a buscar incessantemente.
e eu, claro, não consigo entender.
quando procuramos demais aquilo que não sabemos nem entendemos, o que se pode fazer quando encontrar?talvez agora eu entenda a minha relutância. você me faz feliz. e eu dou desculpas como "não estou preparado agora", e é verdade. estranha e inegavelmente, não quero me acomodar. por maior e melhor que seja o motivo (acreditem... é!!!), ainda acho que falta muita coisa na minha vida, e que se eu as tiver (você e a felicidade, como efeito) então não vou lidar como deveria prá que permanecessem. pelo menos prá mim, é muito mais natural pensar em você como um objetivo, um desafio.mas o maior, mais assustador e devastador de todos, porque é o único para o qual não estou pronto, nem prá conseguir, nem prás consequências, e tenho medo.
o que quer que isso signifique.

quinta-feira, julho 27, 2006

your love means everything part 2

é um texto bem velho. e bem brega.
ao som da música-título, por coldplay.

depois que vc foi embora, desapareceu; então pude entender o que é ser triste de verdade - porque eu fui triste a vidainteira por sua causa, de um jeito que não dá prá explicar, só viver.
prá poder escrever, tenho que ficar mais triste, se existir. agora devo procurar outra coisa prá ser triste pelo resto da minha vida.
não é que não houvesse vida, afinal, ainda podemos jogar xadrez sem a rainha; mas sentimos que o jogo já terminou- podemos, por acaso, até ganhar o jogo, mas seria mais difícil e não teria a mesma graça - mas sempre nos passa pela cabeça a idéia de desistir, derrubar o rei.
derrubar o rei faz parte daquelas coisas que me envergonham,que nunca te contei. coisas que acontecem não porque tenho motivos, mas porque não tenho motivo prá deixar de fazer. enquanto isso, o coração não pode desistir, parar de bater- querendo ou não, ele vai continuar até deixar tudo prá trás; porque sabe que a melhor maneira de ter é gostar.

domingo, julho 23, 2006

your love means everything

a primeira coisa que devemos ter para nos motivar é um objetivo. claro, simples, conciso.
o que nós queremos? o que EU quero?
depois disso pensar nos meios, na logística, nos problemas, desafios e impossibilidades.
não que eu (ou a gente) queira uma coisa só. quero muitas. (eu sou ambicioso).
mas por que eu quero você?
não sou uma pessoa disponível, assim, de ter tempo livre. aliás, se tenho, me sinto frustrado, preguiçoso, cansado, desestimulado e principalmente vulnerável.
workaholic? nunca se sabe. o corpo pode se viciar em todas as coisas possíveis. em sentimentos. sentimentos são estados mentais, que geram substâncias, que afetam todas as células. não te lembra nada? tome um porre, mas tem que lembrar.
posso estar em diferentes lugares numa velocidade impressionante, cidades, quem sabe estados, percorridos sem maiores problemas.
mas não necessariamente prá estar do seu lado. às vezes, são até obrigações. correria!
por que?
sem você eu posso conquistar o mundo, posso estudar, aprender, me formar, roubar, matar, ser feliz, não me arrepender.
daí eu me pergunto
será que eu consigo, sem você?
bom, estou fazendo. um pedaço grande já foi, sem menosprezar o que ainda falta.
será que eu consigo, com você?
essa é a primeira vez que "com você" se torna um problema. porque eu não sei. teríamos crises, superáveis ou não. OU NÃO. não vou ampliar, porque antes de escrever não pensei nisso (sério).

será que você conseguiria me apoiar prá eu conseguir as outras coisas que eu quero, incluindo te fazer feliz?
porque o que eu faço não é importante, pelo menos não prá mim. não quero mostrar nada prá ninguém, e isso é um problema. eu, tanto faz. e não pode. não posso depender de alguém ou alguma coisa prá fazer as coisas que eu "preciso" ou tenho que fazer. onde está a motivação?
"ah, vou estudar prá ir bem na faculdade porque ela..." - pensamento bem errado - como se fosse o único.

mas então
de que adiantaria ter tudo isso, sem você? certamente não teria a mesma graça.

na verdade, ao vir escrever isso aqui, eu pensei, simplesmente, em não conseguir me motivar sozinho prá fazer as coisas, prá realizar e concluir projetos. será que vale a pena, sem você? porque afinal, não tem nenhum outro motivo prá eu te querer tanto. tem? deve ter.
a gente só não descobriu ainda.

será que, afinal, eu preciso saber porque eu quero as coisas?
tenho muito ainda prá aprender.

no final, é sempre a mesma coisa, só de um jeito diferente. vocês já sabem.

sexta-feira, julho 21, 2006

o médico e o louco

porque todo mundo tem um pouco.


é engraçado ter escrito aqui "tenho me agarrado a possibilidades vazias, hipóteses distantes, pensamentos abstratos, em suma, em irrealidade." no post anterior. tudo bem que faz quase 3 meses.
porque é verdade. minhas ligações com as pessoas são tão tênues, tão tênues, que quase não existem. e eu levo essas ligações fracas mais a sério do que deveria.
levo a sério partículas ínfimas da minha existência, que nem tem a ver com as outras coisas. que são irrealidade.
o problema é quando a irrealidade acontece. quando passa a fazer parte da minha vida, de verdade. daí surgem planos. ten years ahead. não pensar em convidar uma menina prá sair semana que vem, mas planejar a educação dos nossos filhos. escrevendo isso, eu rio. eu sou mesmo um idiota...
nem sei como eu mesmo me levo a sério. mas levo!
então, o que fazer com uma partícula ínfima que faz parte da minha vida? alimentar, claro. com o que? com o meu cérebro, afinal, não pareço fazer muito uso dele, mesmo.
daí a partícula cresce, firme e forte. e grande. e vira um monstro, maior que eu, que consegue me destruir. claro que ninguém vê isso, nem eu. o que torna a coisa toda mais engraçada.
afinal, lutar contra alguma coisa que eu mesmo tornei maior do que eu, com a qual eu não sei lidar, que eu não sei direito o que é, e ainda por cima sem cérebro? é covardia!
e eu tenho medo de monstro.

no filme (trash) "o monstro do armário", a solução (lusa!) era... DESTRUIR TODOS OS ARMÁRIOS DO MUNDO. é o tipo de decisão que eu tomaria. medida nova: destruir os armários, não o monstro.
esquecer, não resolver. se ocupar, tanto, que não tem mais tempo pro monstro.
mas ele continua lá, e, a essa altura, já são vários deles.
esperto!

***
ah, israel entrou em guerra.
e todo mundo acha que eles são os santinhos bonzinhos bonitinhos.
por isso mesmo eu tenho uma blusa do hizbollah.
prá torcida ficar menos desigual!